Barroco da Penhadeira 

VELOSA - sua historia, lendas e tradições

(Pagina a reformular) 

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Velosa é uma aldeia do concelho de Celorico da Beira, sendo uma das mais pequenas, com cerca de 100 habitantes. Fica a 13 km da sede do concelho, bem próxima da A25, à qual se acede pelo Nó que também serve Açores e Aldeia Rica com as quais forma a União de Freguesias de Açores e Velosa.

A freguesia tem limites com outras aldeias do concelho de Celolrico da Beira (Maçal do Chão e Açores) e com outras do concelho da Guarda (Vila franca do Deão e Sobral da Serra). O seu território é recortado por inúmeros caminhos rurais, os quais são muito usados para a prática de BTT, motos e jeeps TT, sobretudo nas duas serras que a ladeiam. a nascente e a poente, dali se podendo desfrutar de vistosas paisagens sobre o vale do rio Mondego, o vale da Ribeira da Velosa (que entre nós é designado por Vale da Penhadeira), sobre Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Trancoso, Pinhel, Guarda, Serra da Estrela, Serra da Marofa, etc.

O nome Velosa diz-se ter sido adoptado a partir do reinado de D. Fernando, sendo anteriormente conhecido por Avelosa. Deriva historicamente do nome do Conde galego de nome Veloso a quem estes domínios terão pertencido.

É certo que existe, também, uma lenda que lhe dá uma explicação interessante, a qual ficou conhecida como a Lenda do Açor:

Em tempos longínquos, um rei Godo visitou o Freixial (actual Freguesia de Açores), onde aconteceu que, nesta localidade, um pagem deixou fugir um açor. A ave, ao sentir-se em liberdade, tomou a direcção leste e, veloz, voou até um lugar da actual freguesia que assim passou a chamar-se Velosa. Esta é a Lenda que o povo não deixa esquecer, transmitindo-a de geração em geração.

Existem na Velosa muitos locais de interesse. Por todo o lado reina a calma... o som do vento, o canto dos pássaros, os rebanhos que por ali se apascentam, a surpresa do voar súbito de uma perdiz ou o salto brusco de um coelho.

O granito é visível nas serras da Velosa, dado os imensos penhascos e barrocos. Daí que, noutros tempos, as populações vizinhas designassem os seus habitantes de "Barroqueiros". De entre os afloramentos rochosos destacam-se as 3 barroqueiras (a de cima, a de baixo e a do meio) do sitio das Abitureiras, na serra do lado nascente, sobranceiras à aldeia e das quais se observam excelentes e longínquas paisagens.

Nas suas serras e vales, outrora largamente cultivados e pejados de rebanhos de ovelhas (sobretudo da raça bordaleira, cuja carne é extremamente saborosa e de cujo leite se fabrica o melhor queijo Serra da Estrela), encontram-se inúmeros vestígios da ocupação humana, como sejam casas de habitação e respetivos fornos, lojas de animais, lapas (abrigos de pessoas e de animais sob enormes rochedos), sepulturas antropomórficas, lagaretas, restos de objetos de cerâmica de época pré-romana, caminhos que ligavam a outras localidades vizinhas e aos apeadeiros da Linha da Beira Alta (Sobral da Serra, Trajinha e Baraçal).


Os melhores terrenos agrícolas situam-se no vale da Ribeira da Velosa, a que todos aqui chamam "Vale da Penhadeira", onde se localizam inúmeras quintas centenárias, algumas delas já abandonadas. Neste vale ocorreu a Batalha da Penhadeira - ou da Velosa - no reinado de D. Fernando, em que o exercito português venceu tropas do reino de Leão. Também aqui se situa o célebre Barroco da Penhadeira que alimenta uma lenda que justifica a enorme fenda que separa as suas duas metades e que faz parte, também, do símbolo da nossa Associação.

Do património arquitetónico antigo destacam-se, dentro da localidade e na sua proximidade, a Igreja Matriz, a Capela de Santa Ana, a Casa Paroquial, a antiga Escola Primária, a Fonte, o Calvário, etc. Fora da localidade encontramos um património arqueológico interessante: a Lapa da Louçã, a Lapa Chã, a Lapa do Manso, a zona protegida de vestígios cerâmicos pré-românicos (no sitio do Orteiro), as sepulturas antropomórficas do Cornado, Orteiro, Formarigo, Vale da Preguiça, Carril e Vale do Soito, as lagaretas do Cabeço Negro, do Orteiro e do Vale de Fojo (ou Fonte Morena) e, entre outro património, as valas de extração minera da Coutada Velha.

Para além destes locais de interesse turístico, a aldeia orgulha-se de ter em seu redor outros lugares de grande beleza natural, como sejam paisagens ou recantos e rochedos (locais belos pelo seu enquadramento ou formas) tais como o Fraguil (Talefe do Sobral, lugar de maior altitude), o Sobreiro do Barroco (árvore centenária que tem resistido aos fogos por se ter desenvolvido no topo de um rochedo com cerca de 20 m de altura, no sitio da Malhada da Cova), os rochedos Pedra Alta (Cabeço Negro), Lagarto (Vale de Moiro), Bola (Rasa), Baleia (Orteiro), a Fonte dos Pocinhos, a Fonte da Prata (local de passagem do Trilho sinalizado para caminhadas e BTT), a Fonte da Malguinha, a Fonte Morena, a Igrejinha (abrigo entre grandes rochas onde se diz que a população da aldeia se escondeu nas invasões francesas), o rochedo do Escorrega das Fragas, o Forno das Fragas, o talefe do Cabeço Negro (Cabeça Grande), o Penedo da Amada, os 3 penedos das Abitureiras, os penedos da Ladeira, o barroco da Penhadeira (lendário e integrante do símbolo da Associação de Melhoramentos), o vale de Lameiros, o Valongo, o vale da Coutada Velha, a Quinta do Manso, a Quinta de S. Bento, a Quinta do Cabreiro (hoje transformada num excelente empreendimento de alojamento turístico - AGROTURISMO VALE DA PRATA) a Quinta das Limpas, a Quinta da Velosa (Quinta do Batista), a Quinta do Ferrador, a Quinta do Pedreiro, a Quinta do Gregório, a Quinta do Mariano, a Quinta do Gomes, entre outras. 

Mas não poderia deixar de ser feita referência à Lameira! Trata-se de uma extensa área, outrora baldio, onde eram feitas as malhas dos cereais cultivados na freguesia, onde se apascentavam rebanhos e onde o açude de águas límpidas da Ribeira da Velosa era usada como lavadoiro publico. Hoje, uma parte da Lameira está transformada num Parque de Lazer, um espaço de repouso, cultura e recreio, ali existindo uma área para merendas, um recinto polidesportivo, um circuito de manutenção, um parque infantil e um recinto de baile. Outra parte da Lameira continua destinada a apascentar rebanhos, sendo anualmente feita uma arrematação cuja renda acordada se destina a melhorar o orçamento da Junta de Freguesia.

Por fim, o realce tem que ser dado à nossa Associação de Melhoramentos, Cultural, Recreativa e Desportiva da Velosa que foi fundada em 26-12-1991!

O seu trabalho visa o desenvolvimento da nossa terra e o bem-estar dos sócios (maioritariamente habitantes locais e familiares e amigos residentes fora), apoiando a terceira idade, os jovens e, enfim, todos os que necessitem do nosso apoio em diferentes áreas. Para isso, dispõe de um Centro de Dia com apoio domiciliário. Dispõe ainda de um edifício sede a que damos o nome de Casa da Cultura que dispõe de um um salão para convívios e atividades culturais. Dispõe, ainda, de todas as infraestruturas do Parque de Lazer, nomeadamente um recinto polidesportivo.

No ano de 2012, a Associação deu inicio a atividades de caminhadas pelos caminhos rurais e pelos locais de maior interesse cultural, arqueológico e paisagístico, tendo sido feita uma aposta na implementação e sinalização de Trilhos que, esperamos, sejam um incentivo à prática desta atividade e de passeios de bicicleta (Trilho da Fonte da Prata, já sinalizado, e Trilho dos Pastores e do Património, a sinalizar).

Visitem-nos!

Temos cá dentro um mundo para descobrir e vos encantar!!!

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